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Prefeitos fazem mobilização por mudança em projeto de reforma tributária

Prefeitos de capitais, médias e grandes cidades estão em Brasília/DF nesta terça-feira (4), para uma mobilização por uma reforma tributária mais transparente e justa para as cidades. O ato, organizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), será no Salão Verde da Câmara dos Deputados, a partir das 17h. Entre os confirmados, está Allyson Bezerra, chefe do Executivo de Mossoró.

Ainda entre os prefeitos confirmados, Edvaldo Nogueira (Aracaju/SE – presidente da FNP), Eduardo Paes (Rio de Janeiro/RS – 1º vice-presidente), Ricardo Nunes (São Paulo/SP – 2º vice-presidente) e Fuad Noman (Belo Horizonte/MG – vice-presidente da Região Sudeste) participarão da mobilização.

O que os governantes locais defendem é uma proposta que, segundo eles, não prejudique os municípios. A que tramita atualmente na Câmara é vista como um modelo que retira a autonomia e arrecadação das cidades, uma vez que propõe a incorporação do ISS e ICMS em um único imposto, o IBS.

A FNP disse que apoia um sistema de arrecadação mais simples e justo, mas diz que o modelo da proposta de reforma que tramita na Câmara dos Deputados é injusto. 

“Aumenta impostos para o mais pobres e tira recursos dos municípios prejudicando serviços essenciais, como o de saúde, educação e transporte. Essa proposta desrespeita a Constituição”, afirma a FNP, em vídeo institucional divulgado nas redes sociais. 

Prefeitos confirmados:

1. Edvaldo Nogueira, Aracaju/SE

2. Edmilson Rodrigues, Belém/PA

3. Sebastião Melo, Porto Alegre/RS

4. Eduardo Paes, Rio de Janeiro/RJ

5. Eduardo Braide, São Luís/MA

6. Ricardo Nunes, São Paulo/SP

7. Rafael Greca, Curitiba/PR

8. Fuad Noman, Belo Horizonte/MG

9. Hildon Chaves, Porto Velho/RO

10.Cinthia Ribeiro, Palmas/TO

11.Dr. Furlan, Macapá/AP

12.Tião Bocalom, Rio Branco/AC

13.Topázio Neto, Florianópolis/SC

14.David Almeida, Manaus/AM

15.Cícero Lucena, João Pessoa/PB

16.Bruno Reis, Salvador/BA

17.João Campos, Recife/PE

18.Dario Saadi, Campinas/SP

19.Mario Botion, Limeira/SP

20.Leonardo Pascoal, Esteio/RS

21.Marcos Vinicius, Coronel Fabriciano/MG

22.Caio Cunha, Mogi das Cruzes/SP

23.Guti, Guarulhos/SP

24.Elias Diniz, Pará de Minas/MG

25.Jairo Jorge, Canoas/RS

26.Dr. Daniel, Ananindeua/PA

27.Ulisses Maia, Maringá/PR

28.Paulo Serra, Santo André/SP

29.Colbert Martins, Feira de Santana/BA

30.Alysson Bezerra, Mossoró/RN

31.Luiz Ariano Zaffalon, Gravataí/RS

32.Junior da Femac, Apucarana/PR

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Gasolina comprada pelas distribuidoras terá aumento de R$ 0,69 nesta quinta-feira (29), diz Sindipostos-RN

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos RN) confirmou o retorno da cobrança integral dos impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre gasolina, etanóis anidro e hidratado e GNV, a partir desta quinta-feira (29). Com isso, a estimativa, segundo o Sindipostos RN, é de que as distribuidoras passem a comprar o litro da gasolina com um acréscimo R$ 0,69 e o etanol, com R$ 0,24, no Estado.

Questionado se o aumento do imposto será observado imediamente nos postos de combustíveis após o retorno da cobrança integral, o presidente do Sindispostos-RN, Maxwell Flor, afirmou que não há como confirmar este cenário, já que a decisão de aumentar o preço dos combustíveis cabe aos donos de postos. 

“Essa decisão cabe ao revendedor, que saberá o momento certo de repassar o valor. Mas eu acredito que o posto não conseguirá absorver o imposto e terá que passar o valor para a bomba”, afirmou.

Ele ainda salientou que o preço dos impostos federais e ICMS não são mais percentuais, e sim valores fixos em real. “Na gasolina, o ICMS está em R$ 1,22 hoje em dia. Esse valor vale para o Brasil inteiro”, disse.

Fonte: Tribuna do Norte

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Natal tem gasolina mais cara entre capitais do Nordeste, aponta levantamento da ANP

Natal tem o preço médio da gasolina comum mais caro entre as capitais da Região Nordeste. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no último sábado (24), e apontam que o preço médio do combustível na capital potiguar está em R$ 5,77.

Esse valor elevado coloca Natal no quarto lugar entre as capitais com o preço médio da gasolina mais elevado, ficando somente atrás de Manaus (R$ 5,98), Rio Branco (R$ 5,97) e Porto Velho (R$ 5,98), todas as três localizadas na Região Norte. As capitais com o preço médio mais baixo verificado foram São Luís (R$ 4,98), Belo Horizonte (R$ 5,03) e Campo Grande (R$ 5,03). O preço registrado é 36 centavos maior do que aquele verificado na segunda capital com o preço mais caro, Recife (R$ 5,41). As demais capitais do Nordeste registraram os seguintes valores médios: Aracaju (R$ 5,53), Teresina (R$ 5,34), Maceió (R$ 5,21), Fortaleza (R$ 5,19), Salvador (R$ 5,15) e João Pessoa (R$ 5,05).

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Petrobras reduz preço da gasolina em 4,66% para distribuidoras

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15) a redução de R$ 0,13 no litro da gasolina vendida a distribuidoras de combustíveis. Com a queda do preço, de 4,66%, o litro passará a custar R$ 2,66 a partir desta sexta-feira (16). 

Como a gasolina vendida nas bombas tem adição de 27% de etanol anidro, a parcela do preço da Petrobras no preço do combustível vendido nos postos de gasolina será de R$ 1,94 por litro. 

Segundo a Petrobras, caso os demais agentes da cadeia do combustível (distribuidoras e postos) mantenham os valores de suas parcelas, o preço médio ao consumidor final poderá atingir R$ 5,33 por litro, com base na última pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”, diz a empresa em nota. 

De acordo com o comunicado, “a redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”. 

Fonte: Agência Brasil

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Governadora expõe preocupação com preço da gasolina em reunião com 3R Petroleum

Na primeira visita oficial após assumir as operações da Refinaria Clara Camarão, o diretor presidente da 3R Petroleum, Matheus Dias, apresentou nesta terça-feira (13) à governadora Fátima Bezerra um resumo dos planos da empresa para o Rio Grande do Norte. Durante a reunião, a governadora demonstrou preocupação com o preço da gasolina no estado, acima da média praticada no Nordeste.

“Em que pese o respeito à autonomia da empresa e às suas decisões, eu não posso deixar de ressaltar a importância de se manter um preço justo dos combustíveis vendidos na refinaria Clara Camarão. Isso tem impacto direto na economia e na vida das pessoas”, afirmou a governadora.
Ao assumir o controle da Clara Camarão, o preço da gasolina A – sem a mistura obrigatória do etanol anidro – subiu 17 centavos em relação ao praticado anteriormente. No RN, o valor cobrado na refinaria tem peso entre 30% e 35% na formação do preço final ao consumidor. A 3R Petroleum considera a situação pontual, de início de operação.

Em nota, esclarece “que os preços dos produtos derivados produzidos pela Companhia seguem parâmetros de mercado – tais como o dólar, o valor de referência internacional do petróleo, custos logísticos para recebimento de derivados na região Nordeste, entre outros. Vale destacar que ajustes nos preços podem ocorrer de forma recorrente, amparados por critérios técnicos e condições de mercado”, explica.

Segundo Matheus Dias, nessa primeira semana de operação, a empresa já percebe um potencial para aumentar a capacidade de refino e de ter uma operação mais eficiente. Em paralelo, a Companhia contratou/renovou com as terceirizadas, observando a base salarial e os benefícios aplicáveis ao setor, e com os principais fornecedores, a fim de propiciar a expansão dos seus negócios no Rio Grande do Norte.

Na reunião, a governadora pediu que a 3R mantivesse o bom relacionamento com as comunidades das regiões em que opera, e apoio a projetos culturais e esportivos no RN, além da geração de empregos.

A questão do emprego também foi abordada na reunião. Segundo a 3R, o modelo de negócio da companhia prevê a primarização das funções estratégicas, mantendo os profissionais com conhecimento das operações, e estabelecendo contratos com parceiros estratégicos que já cuidavam da operação do ativo industrial.

Nova direção

Na semana passada, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a transferência da totalidade da participação da Petrobras no Polo Potiguar para a 3R, companhia brasileira de capital aberto produtora de óleo e gás, com foco na exploração de campos maduros.

O polo concentra três subpolos de exploração de petróleo e gás (Ubarana, Canto do Amaro e Alto do Rodrigues na Bacia Potiguar), além de toda a estrutura do Ativo Industrial de Guamaré (AIG), composto pelas unidades de processamento de gás natural (UPGNs), a refinaria de Clara Camarão e o Terminal Aquaviário de Guamaré.

A cadeia do petróleo já foi responsável por mais de 50% do PIB industrial do Rio Grande do Norte nos tempos em que a produção superava os 100 mil barris/dia. Com base em dados de 2021, a Redepetro/RN, estima que o petróleo tem atualmente um peso de 13% na formação do Produto Interno Bruto do RN, mas a tendência é que essa participação aumente com a entrada em operação de novos campos.

As concessões do Polo Potiguar registraram no primeiro quadrimestre de 2023, uma produção média de 16,5 mil barris de óleo por dia e 37,3 mil m³/dia de gás natural. Considerando a produção proforma, a Companhia alcançou 42,3 mil barris de óleo equivalente por dia em abril de 2023.

Turismo será o principal foco da secretaria de PPP´s, afirma secretária

O principal foco da Secretaria Executiva das Parcerias Público-Privadas será o fomento ao setor turístico de Natal devido a sua alta empregabilidade e geração de renda, afirma a secretária da pasta, Danielle Mafra. De acordo com ela, a implementação dessas parcerias no segmento permite uma melhor gestão de recursos públicos com foco em atividades essenciais básicas como saúde e educação. Essa proposta trabalhará em três frentes que são: eventos, equipamentos e serviços. Nos próximos dias, a população deverá conhecer as pessoas que irão compor a secretaria e a regulamentação que irá reger as futuras parcerias.

“A gente não poderia deixar de pensar no turismo porque o turismo é a nossa mola propulsora. Nós não somos uma cidade de indústrias, de grandes indústrias,  de comércio muito latente. O que a gente precisa é se apegar de fato ao turismo como mola propulsora das PPP’s porque é o que emprega o nosso povo, é o que gera renda para a população”, afirma a secretária.

O Carnaval de Natal, que no ano passado movimentou cerca de R$ 126,8 milhões e atraiu quase 440 mil pessoas, é um dos eventos com potencial de submissão desse tipo de  parceria, bem como o tradicional  Natal em Natal, além de parques ecológicos, como Bosque das Mangueiras e o Parque da Cidade. Demais serviços urbanos fazem parte de esferas que podem se beneficiar com as PPP’s, aponta Mafra. 

O Parque da Cidade, citado anteriormente, é um equipamento municipal que  há muito se sugere sua implementação no projeto de parcerias público-privadas. Segundo Mafra, o lugar pode ser  indicado para participar da inciativa, embora não tenha afirmado com certeza a proposta.

 “Certamente o Parque da Cidade pode ser um dos equipamentos que estejam nesse portfólio de operações de PPP’s para a cidade de Natal”, disse.

Ainda de acordo com a líder da pasta, outra proposta que é estudada pela secretaria é a implementação de uma usina fotovoltaica para abastecimento de prédios municipais, como escolas e unidades básicas de saúde. Dessa forma, o município  promove o desenvolvimento da energia limpa enquanto fortalece as parcerias.

“Já existem algumas frentes de pesquisa das instituições privadas conosco que, exatamente, começou esse interesse e essa estratégia de gestão do prefeito Álvaro Dias para que a gente possa materializar na oferta do serviço, de produtos de qualidade para a população”, disse. Ainda de acordo com ela, a secretaria deve entrar em discussão com o Prefeito de Natal, Álvaro Dias, para começar as tratativas referentes à implementação desses projetos. 

Por mais que o turismo seja o principal alvo, por ser uma das atividades mais importantes desenvolvidas na cidade, existem outras frentes que serão incluídas. Além disso, ela também comenta que será feito o chamamento para que as empresas manifestem interesse em atuar em parceria com o município de Natal.   

“Eventos para a cidade de Natal,  equipamentos público-municipais e serviços público-municipais. Nós vamos trabalhar nessas três frentes de atuação para que a gente possa ter uma estratégia e fazer um chamamento público de manifestação de interesse privado”, comenta. 

Ainda é atribuição da pasta, a promoção de um fórum com profissionais da área da cidade e convidados para fomentar a discussão sobre concessão de equipamentos e serviços públicos à iniciativa privada. “A gente vai ter esse fórum de PPP’s e concessão da nossa cidade com a colaboração da massa mais crítica que possa colaborar com a prefeitura de Natal e desenvolvimento da cidade e aí vamos em campo”, diz. A estratégia é formar um plano de comunicação para captar novas marcas para o município. 

Ainda de acordo com ela, ainda é necessário desmistificar as discussões que permeiam esse tipo de parceria e esclarecer a população que a estratégia não significa a privatização de órgãos, instituições ou serviços públicos. 

“É necessário a mudança de paradigmas mesmo. Primeiro é necessário desvincular que PPP tem ligação direta com privatização. Isso não existe. PPP’s têm relação com o desenvolvimento econômico, com empregabilidade, com estratégia de aplicação dos recursos públicos em serviços essenciais como saúde e educação e esses outros serviços ter a participação da iniciativa privada”, complementa. 

A atualização do Plano Diretor também contribui para o possível sucesso das parcerias para o desenvolvimento econômico do município de Natal, comenta Mafra. “A atualização do Plano Diretor pavimentou muito bem esse relacionamento público-privado. Então, a estratégia de PPP’s agora fecha muito bem esse tripé, de plano diretor, obras estruturantes e oportunidades de negócios da iniciativa privada com nossa cidade para favorecer a população”, completa.

São João de Natal com parceria privada

A Secretaria Executiva de Parceria Público-Privada foi oficializada nesta terça-feira (6) pelo prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos). De acordo com publicação do gestor nas redes sociais, ele explica que a transformação tem como principal objetivo fortalecer e dar maior atenção às parcerias com o setor privado para reduzir custos e buscar investimentos realizados à priori com uso de recursos públicos em sua integralidade. 

Na publicação ele diz que o objetivo é “tratar com mais atenção e seriedade as parcerias com o setor privado para desonerar custos e buscar investimentos feitos anteriormente apenas com recursos públicos”. O gestor exemplificou a iniciativa com o São João de Natal em 2023, que será realizado em parceria com a empresa Clap e outras, algo que deve resultar em uma economia de R$ 3 milhões par ao município.

A Clap vai custear parte da montagem da estrutura em troca da exploração do espaço. Ainda é intenção da empresa e da Prefeitura de Natal, de nos próximos anos, a parceria ser ampliada de modo que o São João seja realizado a custo zero para o Município.

O evento teve início neste 10 de junho e deve se estender até 1º de julho. Serão 36 shows musicais nacionais e regionais, 35 quadrilhas juninas, 40 arraiás de rua e programação em todas as regiões da cidade. Na edição deste ano, o destaque fica por conta do apoio ao festival de quadrilhas juninas e os arraiás de bairro, informa a Prefeitura de Natal em divulgação. 

Bate-papo com Danielle Mafra

Danielle Mafra é Executiva em Sustentabilidade, Diversidade e Responsabilidade Social (ESG), com experiência na área de gestão, tanto na esfera pública quando na área privada. Educadora, começou seu percurso atuando voluntariamente em projetos sociais na área de educação básica, esporte social, comunitário, escolar e de rendimento. Construiu ainda uma carreira na gestão durante o ensino superior. A secretária também atuou na coordenação de programas de qualidade de vida no trabalho em empresa estatal nacional e geriu a única unidade de conservação da cidade do Natal.

O que muda da sua experiência na secretaria executiva para a secretaria de PPP?

Eu participei exatamente de tudo que diz respeito a esse tripé. Então, assim, eu participei muito ativamente com as equipes dos projetos. Participei muito ativamente das discussões sobre o Plano Diretor. Então, acho que o que muda é que eu venho já com esse arcabouço de informação para fazer esse ‘match’ – combinação. Então, acredito que o que muda é isso. 

Quais são os desafios dessa mudança?

O desafio para mim, profissional, é a formação acertada de uma equipe muito estratégica, com muita competência técnica para lidar com o tema, que não é um tema simples, que requer uma maturidade administrativa pública muito grande, e a comunicação institucional. Então, a prefeitura não vai conseguir fazer isso sozinha, mas vai se comunicar com outros órgãos.

A senhora desenvolveu um trabalho no setor privado e tem longa experiência no setor público. O que do setor privado você traz para agregar na secretaria?

Trabalhei em grandes empresas na nossa cidade, inclusive multinacionais e uma coisa que sempre foi muito latente para mim foi tratar o serviço público como iniciativa privada. Eu sempre acreditei no serviço público de qualidade, inovador, um serviço público de governança integrada, de impacto sistêmico. O que eu trago do privado para o público é exatamente esse olhar mais sistêmico dentro da prestação de serviço de qualidade.

Fonte: Tribuna do Norte

RN não vai conceder reajuste a nenhuma categoria neste ano, diz Governo

A situação financeira do Estado impede que qualquer reajuste salarial seja concedido aos servidores públicos neste ano. É o que afirma o secretário da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal (93,5 FM), o secretário explicou que os gastos com pessoal têm crescido de maneira que as finanças governamentais estão gravemente comprometidas.

De acordo com Cadu Xavier, o Rio Grande do Norte passa por uma “tempestade perfeita”, com queda na arrecadação após mudanças nas alíquotas de ICMS no ano passado e o aumento significativo da folha de pessoal. De maneira aberta, o secretário explicou que, mesmo sendo favorável à implementação, o piso dos professores implicou diretamente nas finanças do Estado.

“Nada contra os pisos, mas é preciso que os entes tenham condições de arcar com esses gastos. É uma tempestade perfeita. O aumento dos gastos com a perda de receitas trouxe o desequilíbrio. A gente está enfrentando esse desequilíbrio. (O piso dos professores) É o principal calo. Temos que falar abertamente. o Rio Grande do Norte precisa conter o crescimento da folha de pessoal. Ou faz isso, ou não vamos recuperar o poder de investimentos”, disse o secretário.

Segundo o secretário, que enfatizou diversas vezes não ser contrário ao piso, a forma com que ele é aplicado no Rio Grande do Norte é diferente do que acontece na maioria do Brasil. De acordo com ele, o estado é “basicamente” o único que faz o reajuste à categoria fora do que ele entende ser um conceito de “piso”. Isso porque, no estado, mesmo os profissionais que já recebiam acima do valor do piso determinado por lei vão receber os reajustes, que foram de 33% ano passado e quase 15% neste ano.  

“Para se ter uma ideia, o impacto anual em Pernambuco é de R$ 600 milhões por ano, enquanto aqui é de R$ 1 bilhão. E estamos falando de um estado que é maior do que o nosso, que consequentemente tem mais escolas que o nosso e, consequentemente, tem mais professores do que o nosso”, explicou.

Apesar da crítica, Carlos Eduardo Xavier disse que os valores que foram acordados e a forma de pagamento para este ano estão garantidos no planejamento financeiro do Estado. Porém, não há margem para reajustes a outros servidores dos quadros, com a exceção do que já está previsto por lei nos planos de carreira.

“O pagamento do piso já estava no planejamento. A gente consegue absorver no fluxo desse ano o piso dos professores. Novas concessões, não tem condições nesse momento. Não temos condições financeiras de dar nenhum tipo de concessão nesse ano. Nenhum tipo de reajuste nesse ano”, enfatizou o secretário.

ICMS

Sobre a alíquota modal do ICMS, Carlos Eduardo Xavier disse que o Estado não vai revogar a alíquota atual, de 20%, para retornar aos 18% até o fim deste ano. Mesmo com a homologação do acordo para compensação, o secretário diz que não há condições de que o valor retorne a 18% antes de fevereiro do ano que vem. Os deputados e o setor produtivo têm cobrado a redução.

“Do nosso ponto de vista, jurídico e da necessidade que temos, não vê previsão de voltar antes de janeiro. A gente conta com a manutenção dessa alíquota, até para cumprir com as obrigações do ano”, disse o secretário.

Fonte: Tribuna do Norte

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Operação do MPRN apura crimes de sonegação fiscal e lavagem de mais de R$ 180 milhões em Montanhas, Nova Cruz e mais três cidades

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (5), a operação Logro. O objetivo é investigar um esquema de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa encabeçado por um empresário do ramo atacadista de produtos alimentícios.

De acordo com o MPRN, ele abria empresas de fachada para simular aquisições de mercadorias e sonegar impostos há mais de 20 anos. Pelo que já foi apurado pela investigação, as fraudes cometidas pelo empresário ocasionaram um prejuízo de mais de R$ 180 milhões aos cofres públicos.

Estão sendo cumpridos mandados judiciais nas cidades de Natal, São Gonçalo do Amarante, Ielmo Marinho, Montanhas e Nova Cruz.

A operação Logro conta com o apoio da Secretaria Estadual de Tributação (SET) e das Polícias Civil e Militar.

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Shein e Shopee: Estados decidem unificar ICMS sobre compras em sites estrangeiros em 17%

Os Estados decidiram unificar em 17% a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre compras feitas em plataformas estrangeiras de comércio eletrônico, como Shein, Shopee e AliExpress.

“Tem Estado que hoje cobra 31% de alíquota especial”, afirma André Horta, diretor institucional do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz). Ele explica que, caso fosse adotada a média nacional, de 24%, seria necessário cumprir a chamada anterioridade — esperar o ano seguinte para mudar a tributação. Por isso, o conselho decidiu adotar a menor alíquota praticada hoje pelos Estados, de 17%.

O acordo foi selado em reunião do Comsefaz na terça-feira, 30, e terá de ser homologado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Ainda não há prazo para que a medida entre em vigor.

Como revelou o Estadão, os Estados negociaram com a Receita Federal a inclusão do valor do ICMS na mesma guia de declaração simplificada que o governo federal para a taxação de compras feitas em e-commerces estrangeiros. Com o acordo, os Estados poderão fazer parte do plano de conformidade para a tributação dos produtos vindos do exterior, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista ao Estadão no final de abril, Haddad disse que o Ministério da Fazenda vai adotar um modelo de cobrança que permitirá o desconto do imposto na hora da compra dos produtos, para garantir uma concorrência justa com as empresas de varejo instaladas no mercado interno brasileiro.

Segundo o ministro, é assim que funciona nos Estados Unidos e na Europa, onde todos os impostos devidos estão incluídos no preço. O programa de conformidade é optativo e será oferecido aos sites os chamados marketplaces (mercado online com vários fornecedores), e às transportadoras.

Recuo

Depois do recuo do governo em acabar com a isenção das compras feitas pelo e-commerce internacional feitas de pessoa física para a pessoa física até US$ 50, os grandes varejistas nacionais criticaram a medida e pediram tratamento justo.

O recuo foi uma decisão do presidente Lula, que cobrou do Ministério da Fazenda uma alternativa após a repercussão negativa do anúncio do fim da isenção pela Receita. A orientação de Lula a Haddad foi que fossem adotadas medidas administrativas.

Haddad conta com o cerco às fraudes nas compras internacionais para aumentar a arrecadação do governo, necessária para botar de pé o novo arcabouço fiscal — nova regra de controle das contas públicas, que agora tramita no Senado Federal.

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Posto aumenta preço da gasolina em R$ 0,74 e revolta motoristas

Os motoristas de Natal já estão sentindo os impactos do reajuste nos preços dos combustíveis. Nesta quinta-feira (1º), dia em que começa a incidir a nova alíquota do ICMS sobre a gasolina, postos da capital já tinham novos valores nas bombas. O aumento, porém, que deveria ser de R$ 0,03, de acordo com a previsão do Poder Público, chegou a R$ 0,74 por litro.

Em um posto no bairro de Pajuçara, na zona Norte de Natal, a reportagem do portal Tribuna do Norte ouviu motoristas, que informaram a surpresa. Um deles disse que achou que havia um erro na bomba de combustíveis. “Eu cheguei para o frentista e perguntei: ‘ué, a bomba teve alguma alteração de ontem para hoje?’. A diferença parece que é pequena, mas para quem roda muito, como eu, no fim do mês tem uma conta a mais”, disse um condutor que se identificou como Hiran.

O aumento foi criticado também por pessoas que utilizam motocicletas. Apesar do consumo ser menor, profissionais que atuam com entregam afirmam que o valor vai impactar de maneira siginificativa no orçamento.

“É um absurdo. Ontem era R$ 5,25. Como é que pode, quase um real de aumento de gasolina? Eu gasto em torno de R$ 400 e vai para R$ 500. Falta fiscalização e sempre que se fala em aumento, os donos de postos aumentam nos valores que querem. Procon só tem para pobre. Se foi dito que ia aumentar praticamente nada e chega a um real de diferença, tem algo errado”, disse um motoboy que se identificou como Gustavo.

A reportagem da Tribuna do Norte questionou Robson Soares, chefe de pista do posto, sobre qual seria o calculo feito para o preço do combustível chegar até aquele valor, mas ouviu que o mesmo “já vem direto da distribuidora. A Tribuna do Norte também foi até postos localizados na Zona Sul da capital potiguar, mas percebeu que os preços na região estavam abaixo do cobrado no posto da Zona Norte. O valor cobrado pelo litro do combustível variava entre 5:35 e 5:49 na área.

Pesquisa

Após anúncio de redução nos preços dos combustíveis pela Petrobras em 17 de maio, os Procons de todo o país se uniram para realizar a Operação “Preço Justo” nos postos de gasolina. No Rio Grande do Norte, o Procon/RN estabeleceu um canal de denúncias para que a população pudesse participar dessa fiscalização. Nos dias 24 e 25 de maio, todos os postos de Natal foram fiscalizados. Durante a operação, verificou-se que o menor preço da gasolina estava sendo praticado na zona Norte da capital, custando R$5,09, enquanto o maior preço foi encontrado na zona Sul, atingindo R$5,79.

Nesta quinta-feira (1º), entrou em vigor em todo o País o novo modelo de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passa a ter um valor fixo de R$ 1,22 para a gasolina. No Rio Grande do Norte, o impacto esperado é de R$ 0,03 por litro, de acordo com a Secretaria Estadual de Tributação (SET). Isso porque, segundo Carlos Eduardo Xavier, titular da pasta, o valor da cobrança atual está na casa de R$ 1,19, após o aumento da alíquota do imposto, elevada de 18% para 20% em abril passado.

Fonte: Tribuna do Norte